ANALFABETOS FUNCIONAIS, MASOQUISTAS E FUNGOS
Artigo de Vicente do Prado Tolezano.
Este artigo se volta a associar muito intimamente e dar clareza a duas mazelas comuníssimas, majoritárias entre a população, mas, a rigor, só conhecidas, percebidas e apercebidas em termos grosseiros: o masoquismo e o analfabetismo funcional.
Os sensos meramente vulgares, caricatos, apontam que:
Masoquista seria quem padece de patologia de índole sexual envolvendo gosto por apanhar na cama ou, ainda, o “gosto por sofrer”;
Analfabeto funcional seria aquele que tem restrição de índole cognitiva, tal que consegue ler, mas não capta significados mais sutis ou que não formula raciocínios.
3 comentários
Há relação do abandono da sã doutrina cristã e da filosofia aristotélica tomista ao arrepio das filosofias modernas e do subjetivismo, ter como consequência esses dois males? Outro dia, vi em um frase de parachoque: Não sou dono do meu cachorro (perceba o pronome possessivo), sou seu Amigo (o que é impossível pelas suas diferentes naturezas). Há esperança???
Esperança é virtude teologal, mais que meramente moral. É metafísica, “meta mundo”, e é o chão da liberdade. Mesmo sob predomínio de CULTURA cristã ou realista-aristotélica nas sociedades, é pregado que a “porta é estreita”. Numa cultura meramente materialista, é mais estreita ainda.
Aproveitando a resposta dada para a pergunta anterior sobre a esperança: A solução para o problema do masoquismo e do analfabetismo funcional está na Virtude teologal da Caridade, a maior das três virtudes teologais, a qual somente se alcança depois da fé e da esperança.
É o nível de caridade das interações humanas que desperta os indivíduos para o reconhecimento de si verdadeiro e os impulsiona para as mudanças necessárias para o alcance de mais liberdade e, portanto, mais caridade. É possível perceber isso na história da humanidade, onde a morte do Cristo( ápice da caridade), provocou mudanças nas pessoas próximas a ele, as quais ao longo da história mudaram o tecido social pré-existente,fazendo o mundo antigo sair da barbárie para a mais elevada contemplação da beleza, bondade e verdade. O problema que este site denuncia constantemente esbarra em um outro artigo que aqui também foi publicado: A Crise de Santidade.
Conclui -se, portanto, que as denúncias das mazelas existentes atualmente só terão efeito prático na medida em que se aumentar a caridade tanto em quem denuncia, bem como nos que lêem, ou seja, em uma atmosfera mais santa ou mais metafísica, como queiramos chamar a presença do transcendente em nós.
Parabéns pelo maravilhoso artigo.