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Os tempos eram duros lá na ROLÉZIO ADVOGADOS. Apenas o Dr. Rolézio como advogado para dar cabo a um volume de trabalho quase invencível e que seria próprio para, ao menos, dois advogados plenos, senão mesmo três e mais um estagiário.

A injustiça ou agonia de alta demanda de trabalho contrastante com o baixo capital para contratar recursos de produção é uma, entre tantas provas de fogo, que os que ousam empreender hão de atravessar.

O arranjo salvífico ao problema era um só: o Dr. ROLÉZIO fazer companhia às corujas e dormir muito pouco! Situação que perdurou ao longo de muuuuito tempo, em que alguns recordes de noites não dormidas iam sendo superados sucessivamente.

Em um dado momento, os recursos disponíveis, no raso e quase furado bolso da ROLÉZIO ADVOGADOS, não davam ainda para prover a solução cabal da escassez de força produtiva. Mas, permitiam um pequeno alívio. A contratação de um estagiário de meio período, cujo pagamento mensal iria concorrer apertado com tantas outras despesas.

O Rolézio cuidava da primeira contratação de “gente do direito” para aquele micro escritório de advocacia, situado no bairro dos japoneses em São Paulo, em um prédio misto, o qual só contava com o próprio ROLEZIO, o office boy e a recepcionista. Sim, era tempo em que office boys existiam, junto com impressoras matriciais, com telefones que eram alugados e etc. Era ainda a época em que papel de parede e carpete grosso no chão era coisa apreciável.

O Dr. ROLEZIO passou um fax para a PUC para divulgação da vaga de estágio para alunos do quarto ou quinto ano, no período da tarde e com o gozo de um contra cheque no valor de R$280,00!

Veio a primeira candidata, Solange: um primor de moça desde a primeira vista.

Ela era inteligente, aplicada na faculdade, cursava o quinto ano. Era daquelas moças que seguramente escreviam todas as aulas em caneta azul, mas com tópicos em letra vermelha e sublinhados com régua. A Sô já tinha experiência prévia de estágio bem significativa, feito em um escritório muito sério. Tinha lhaneza de trato, bom humor, era muito elegante. Como é típico às pessoas puras, a até então candidata contou tudo de tudo de si durante a entrevista, da família, do namorado e sobre outras áreas da vida.

Ela padecia de uma situação familiar e financeira muito difícil. Vivia só com a mãe em uma casa alugada de um bairro periférico da capital bandeirante. A casa estava em péssimo estado, mas sem que elas tivessem verba até para reparar as goteiras gordas. O pai largara o lar uns anos antes, a fim de se aventurar com uma moça. À filha e à ex-esposa nada mais mandava que não desprezo.

Para complicar, a mãe padecia de paralisia facial, não trabalhava a não ser em pequenos bicos domésticos. A fonte de renda era a minguada aposentadoria de invalidez da progenitora.

O custeio da faculdade da Solange era uma luta sem trégua, sufoco a ser enfrentado mês a mês junto com aluguel, IPTU, mercado básico, feira, condução, etc. Ou seja, parcos que fossem os R$ 280,00, sem eles, o orçamento familiar da moça colapsaria.

A rigor, se não chegassem os R$ 280,00, mas apenas R$ 279,00, o impacto já seria de monta. De qualquer forma e, até por obviamente não terem condições de crédito, não havia dívidas de coisas vencidas. Sob rigores espartanos, a subsistência do mês era vencida no mês, ao menos isso.

No meio da entrevista a moça já foi contratada, e ao cabo dela, já começou a trabalhar. Tinha nisso, obviamente, ansiedades do ROLÉZIO ante o imenso represamento de trabalho que finalmente iria ter mais uma vazão, mas também era claro que o vento da sorte, aquele que sempre socorre os aflitos virtuosos na hora “h”, trouxe uma excelente candidata logo de cara.

Nos primeiros dias de trabalho, a moça não meramente impressionou bem. Em efeito, e para muito mais que isso, ela surpreendeu em demasia mesmo as já elevadas expectativas que o Dr. ROLÉZIO depositara.

Claro que era uma estagiária formanda e, pois, tinha limites próprios, mas tinha experiência para a posição específica, fez a faculdade com seriedade, mas, acima de tudo, contava em seu prol que tinha MUITA DISPOSIÇÃO para trabalhar, o que fazia com alegria. Foi muito afável com o office boy, recepcionista, clientes, etc. Só se ouvia no escritório falar em “Sô”, se a Sô fez, se a Sô mandou, se a Sô já revisou, se a Sô ligou para não sei quem e por ai vai.

Rigorosamente, a Sô cuidava de ser a pessoa certa, na hora certa e no lugar certo. Ainda que seu expediente formal fosse de meio-período vespertino, são incontáveis as vezes que ela atravessou noite no escritório para dar cabo do trabalho. Trabalho muito bem feito e nunca ficou de mau humor por isso.

Ela gozava do raro atributo de assumir responsabilidades sem vacilo. Além de fazer trabalhos técnicos, já tinha assumido frentes de coisas administrativas, gestão dos clientes e cobranças, sempre comprometida. Precocidade e vontade de ir avante aos degraus da escada de crescimento estavam óbvias nela.

A vida era bem demandante dela. Faculdade de manhã, trabalho à tarde e, frequentemente, até beeem tarde! Nas noites em que não era convocada pela ROLÉZIO ADVOGADOS, estudava, de verdade mesmo, para conhecer, não só para tirar nota. Nas sextas feiras era dia de namorar com o Joca.

Houve alguns expedientes de sábado e ela estava lá. Sempre é caso de celebrar os raros casos de estudante da PUC paulista, jovem, que nem fuma maconha e tampouco se deixa seduzir por ideologias, ilusões ou subterfúgios esquerdistas que proclamam o vitimismo como bandeira unidimensional da vida. Era o caso da nossa Sô, que passara incólume a essas tentações escapistas baixas.

Ela se mostrava cônscia, em conhecimento e ação, de que o êxito vem aos que acordam mais cedo, dormem mais tarde e assumem responsabilidade ativamente sem muito chororô.

O dinheiro dela era sempre contadinho na ponta do lápis, e que ponta afiada do lápis era essa: saldo para despesas discricionárias: R$ 0,00. Zero mesmo. O sufoco financeiro era dos bravos. A casa seguia com goteiras gordas abertas. A moral seguia alta por conta do espírito dos espartanos, que era incorporado pela jovem moça e bem como pela mãe dela. Afinal, pobreza material não implica pobreza de espírito, e é a riqueza deste que conta para quem quer ser gente grande com ‘G’ maiúsculo!

Obviamente, a moça caiu nas graças do Dr. ROLÉZIO. Tornaram-se amigos íntimos e confidentes recíprocos da experiência de viver. A rigor, ambos eram jovens-verdes-de-tudo, com diferença de idade de apenas 3 anos entre eles.

As más línguas, por evidente, sussurravam que haveria um affair entre o ROLÉZIO e a Sô, pois, não seria crível aquele desprendimento todo dela apenas por senso de dever profissional, mas esse era o caso e é fato que, as más línguas da oposição, nem sempre acertam.

Sempre o ROLÉZIO bradou, e ainda bradará totae vitae, por saudosismo que não se deixa apagar aos ventos a verdade de que, a Sô foi peça fundamental, não só para fazer frente aos desafios daquele momento crítico do escritório, mas muito mais como para desembotar para valer o negócio, que veio a ser muito próspero, mas sem a presença da mais valiosa colaboradora, como este conto desnudará aos que a seu cabo chegarem.

O escritório passou a um ciclo de crescimento sustentável. Obteve o primeiro cliente pessoa jurídica, uma famosa fábrica de móveis, gerando uma renda mensal razoavelmente garantida.

Em paralelo, a Sô se formou e, obviamente, foi contratada como advogada integral, calhando que o escritório já conseguia ter um mínimo de fôlego. Em poucos meses adiante, já foi o caso de contratar mais um advogado júnior e uma estagiária. E, a mui precoce Sô, passou a ser a gerente do time. Novamente, ela não se limitou aos pequenos nos patamares de prover boa impressão, mas da superação de expectativas.

Em um ano e meio seu salário tinha evoluído de R$ 280,00 para R$700,00 e, depois, para R$ 900,00. Obviamente, não era fortuna e nem implicava o fim de aperto financeiro em casa, mas necessariamente trazia alegre suavização dos pesos dos fardos da vida.

As goteiras da casa foram resolvidas, como exemplo dos efeitos do novo patamar de prosperidade. No aniversário da mãe, houve até uma pequena recepção para convidados, ROLÉZIO incluído, coisa de que há anos estavam privadas a moça e sua mãe.

No horizonte da ROLÉZIO ADVOGADOS, e não sem a justa contribuição da Sô, coisas boas se insinuavam com força. A mais da empresa moveleira, ingressou uma boa empresa no ramo de telefonia celular, com promessas pululantes para novos negócios e que o tempo veio a consagrar positivamente.

O trabalho seguia denso, a Sô seguia focada, comprometida e sob seus bons predicados. Postos os limites de uma recém-formada, pode-se afirmar que vinha muita fruta de seus galhos.

A rigor, também o ROLÉZIO era um precoce no meio de marmanjos do mercado. A união dos dois compunha uma unidade “brancaleone” de respeito.

Por conta de momento e justiça, mas também por imaturidade para com as coisas sombrias das personalidades, o ROLÉZIO propôs à Sô virar sócia do escritório, deixando de receber salário e passar a ter resultados. O que ela aceitou de pronto, coisa que tanto era querida quanto esperada por ela. Ela recebeu 20% do negócio.

No primeiro mês como sócia, calhou de ingressar no escritório uma bela, memorável e, infelizmente, não repetida causa judicial complexa no Ceará, e tal que a Sô recebeu R$6.000,00, ou seja, fez em um mês, como sócia, o que fizera nos sete meses anteriores como funcionária-gerente!

Claro que o resultado foi motivo da mais fina e sincera alegria com regozijo entre a Sô e o ROLÉZIO. O jantar da comemoração comportou ocorrer no requintado BASSI em São Paulo.

Os resultados mensais subsequentes da ROLÉZIO ADVOGOS foram também bons, ainda que não repetissem o recorde da partida da talentosa Sô como sócia. Ela recebeu, no mês seguinte, R$ 3.500,00, depois R$ 4.000,00, baixou para R$ 1.000,00, subiu para R$ 3.000,00 e, num dado mês, foi NEGATIVO, ou seja, ZERO para ela. Vida de sócio, afinal, é vida de oscilação entre tempos de vacas magras e gordas, coisa tão natural como que após a escuridão da madrugada vem o raiar do sol.

A Sô, como lhe era próprio, nunca se queixou propriamente de nada, mas sinais de abatimento ou ansiedade emergente estavam no ar. Muita pergunta sobre “se” isso ou “se” aquilo, etc. Alguns dias ela atrasou, coisa até então inédita. Em um certo dia, não apareceu e nem dera aviso prévio.

Óbvio que ao ROLÉZIO coube investigar o que se passava com a alma da querida Sô,  até para espantar ou assumir seu temor maior, que era saber se ela estava articulando-se com algum outro escritório.

Após algumas conversas com ela veio à tona uma sutileza: a Sô estava FALIDA e entrara em colapso nervoso, sem condições de tralhar. Sim, isso aí, FALIDA, devendo dinheiro para muita gente, incluindo desde joalherias a bancos, sem contar até débito com agiota – daqueles cujo nome não se revela – com quem se socorrera.

Lembram-se da retirada de R$ 6.000,00? Pois é, a Sô gastou uma ínfima parte deles em consumo de coisas pagas no próprio mês e usou a vasta maior parte para fazer frente à primeira parcela de vários financiamentos de compras que fez. Ela não poupou R$ 1,00 e comprou, com prestações de financiamentos, joias para si e para mãe, ternos para o namorado, perfumes, fullday servisse para si e para a mãe em salão de beleza, viagem em alto estilo para Campos do Jordão com o namorado, entre outras coisas.

A nossa espartana, para espanto, transmutou-se numa pródiga. Afinal, pode-se ter em mente que os espartanos da era clássica tinham contra si inimigos de espadas e lanças, mas não enfrentavam a temível oferta de financiamento fácil, esse sim, o perigo dos perigos.

A moça devia mais de R$ 30.000,00! Já corria prazo para inscrição do seu nome no SERASA, SPC e Cartório de Protestos. Tinha cheques pré-datados voando na praça, dois deles com o tal do agiota, daqueles cujo temor se releva, mas não o nome do mesmo.

Ela empenhou praticamente R$ 6.000,00 na primeira parcela de vários financiamentos. Nos meses seguintes, como não tinha como honrar as várias 2ªs parcelas, contraiu empréstimos para as diferenças, sob a crença de que resgataria tudo logo adiante.

Como isso não se sucedeu, no 3º mês contraiu mais dívida com terceiros para honrar as 3ªs parcelas iniciais mais as parcelas dos financiamentos que sobrevieram. É aquele papo da bola de neve que já deu partida. Segue por si, e não interrompe sua inércia crescente antes de deixar as marcas fundas de destruição de coisas e sonhos.

– Você ficou louca? Como é que você faz uma coisa assim? – Indagou duplamente o ROLÉZIO sem ter muito tato com a situação?

– Foi muita despesa, eu sei, mas o problema é que o escritório não está rendendo tanto. Para que eu fui virar sócia? Agora, até a minha mãe está nervosa com você, p… ! – Respondeu a Sô com conotação de depreciação do escritório.

– Sô, você recebeu em poucos meses o equivalente a mais de dois anos de salário que vinha ganhando. Agora é fase ruim e tu precisa segurar as pontas, mas não tem sentido você ter feito tudo isso que você fez, criatura. Ser sócio é assim.

– Qual a vantagem de ser sócia e não receber todo mês como os funcionários estão recebendo? Você me quis como sócia para não ter que pagar quando não entrar dinheiro, é isso.

– Eu vou respeitar teu momento de calor, Sô, mas você recebeu uma merecida e muito boa oportunidade para ficar como sócia.O fato é que você mal geriu a informação do aumento de salário e já está com problemões que eu não posso te ajudar a resolver, em especial com esse tratamento de tom que está me dando. Eu conheço bem tua situação pessoal. O que você fez com o dinheiro é o absurdo dos absurdos. O fato é que você precisa estar aqui, no escritório, focada no trabalho, até mesmo para gerar resultados e sair dessa vala inacreditável que você entrou.

Não interessa que a Sô fosse – e o era sim, em essência geral – pessoa de bom nível, mas padecia do mal maior das gentes, particularmente mulheres, que jamais se revelara antes, chamado VAIDADE e que tem filhotes terríveis como o negacionismo, a inversão de responsabilidades, etc.

– Esse escritório não presta! Você me quis como sócia para não me pagar, só isso! –  berrou a Sô – Como é que eu fico agora com a minha mãe!?!

– B.a.i.x.a. o.b.r.i.g.a.t.o.r.i.a.m.e.n.t.e. o teu tom – respondeu o ROLÉZIO com o tom gélido que a situação impunha.

– Não vou baixar nada. Quem é você para falar da minha família e das minhas coisas? Eu faço o que eu quiser e não preciso da tua autorização e deste teu escritório de merda. Olha só, olha aqui ó, tem recado, tem aviso que o meu nome vai para o Serasa se eu não pagar. Eu não vou pagar porra nenhuma, tá sabendo? Os funcionários, você viu, vão receber salário, mas eu não vou receber nada esse mês. Não é uma merda de R$ 1.000,00 que paga as minhas contas. Eu já quis devolver parte das coisas que eu comprei, mas as lojas não aceitam. Eles que se fodam também.

– T.u.- m.e. p.e.d.e.s. d.e.s.c.u.l.p.a.s, S.ô., e i.m.e.d.i.a.t.a.m.e.n.t.e.

Replicou o ROLÉZIO de forma mais gélida e bem pausada. E complementou: – a tua outra opção, se não me pedir desculpas e falar como gente, é pegar tuas coisas e se retirar.  Mas vir desmoralizar as coisas ou a mim, não vou aceitar!

– Não é isso! Mas eu preciso de dinheiro, como é que eu vou pagar as coisas?

O ROLÉZIO baixou o tom e seguiram conversando para ver o quanto de estrago financeiro ela tinha feito e o que se podia fazer. Era grave. Não era mais R$ 30.000,00. Nem se sabia mais o quanto ela gastou, como e onde. Ela ainda omitia as coisas, os papos estavam truncados. Afirmou de pés juntos que não diria o nome do agiota. Tudo para pagar jóia, terno, perfume, viagens, brinquedos para uma afiliada, para a amiga que casou e etc. Tudo por um sonho de ser a nova rica do pedaço.

De qualquer forma, passados uns hiatos breves de conversa assertiva e realista, a tônica da VAIDADE, sempre essa mazela, retomou o timão e a, até então magnífica moça, surpreendente, comprometida e tudo o mais, não deixava de ser apenas mais uma moça vulgar ou apenas uma ordinária, como se diz.

Toda a austeridade, rigor, comportamento rígido sucumbiram ante a cupidez do ímpeto de consumismo, tão represado e tão dissimulado. Os recursos naturais da vergonha, do possível auto perdão, dos efetivamente arrependidos, pela funda dor advinda dos erros próprios não vieram à tona por igual, recursos esses que seriam os únicos a viabilizar o início de uma longa jornada para sanear, no futuro sabe-se lá qual, a estupidez passada. Voltou ao protagonizar no palco a VAIDADE, com negativa de responsabilidade própria qualquer, com imputações ao escritório, ao país, ao capitalismo, etc.

– Sô, hora de despedida, pois. Tuas atitudes chegam ao ridículo. Fico com pena e perplexo contigo. Você ficou louca. Com dor, te peço para partir. Saio da tua sala para que você pegue suas coisas com a tranquilidade que for possível.

– Humm.., tá vendo só!!! – Berrou a Sô, antes de virar o rosto com nariz empinado para cima, esbanjando conotação de superioridade moral sobre o ROLÉZIO, fazendo o olhar de desprezo de quem está com falsa indignação.

O ROLÉZIO saiu da sala da ex-nova rica e agora falida. Ela pegou suas coisas em poucos minutos, deu tchau seco a todo mundo, menos ao ROLÉZIO, saiu sem olhar para trás e nunca mais voltou.

Os avisos dirigidos a ela, vindos do SERASA, SPC, Cartório de Protestos, ligações de banco, de credor xingando e outros, seguiram chegando por muito tempo.

A máxima, de que o jeito mais garantido de conduzir o pobre à miséria absoluta é dar-lhe algum dinheiro, não abriu exceção no caso da nossa Sô. Ela era muito feliz, e mesmo rica, com R$ 900,00 e não sabia.

Autor: Vicente do Prado Tolezano

 


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